Depressão

O que é depressão?

A depressão é um distúrbio de humor que interfere no pensamento e na condição física de uma pessoa.

É caracterizada por um profundo sentimento de tristeza que afeta todos os aspetos da vida e não desaparece com o tempo.

A pessoa com depressão perde o entusiasmo pelas coisas que gostava, parece que a intensidade de suas sensações diminui e nada produz a felicidade ou o prazer que antes sentia.

Esse sentimento se estende a tudo:

• sair com amigos,
• conquistas profissionais,
• comida favorita,
• exercício físico ou mesmo
• os pequenos prazeres.

Todas estas coisas perdem intensidade, já não despertam interesse e, pouco a pouco, desaparece a motivação e a energia para as fazer.

Todos esses sentimentos negativos isolam a pessoa e geram uma infinidade de sentimentos de auto-crítica, diminuem a auto-estima e o sentido de valor próprio.

Pouco a pouco todas as emoções ou pensamentos positivos vão desaparecendo.

Isso faz com que a pessoa que sofre de depressão sofra uma série de distorções que a fazem ver o mundo de forma cinzenta e negativa, a ponto de não conseguir distinguir entre as coisas que lhe acontecem e o sentimento geral de desânimo ou catástrofe.

Sintomas de depressão

Todas as pessoas sentem tristeza e baixa energia em alguma fase da vida.

Mas a depressão é caraterizada por um humor depressivo presente na maior parte do dia, por vezes, principalmente no início do dia, uma perda de interesse nas atividades e relações.

A Depressão caracteriza-se pela presença intensa e contínua de tristeza e perda de interesse pelas coisas.

Também é normal que a pessoa deprimida sinta tristeza e vontade de chorar em situações em que nunca sentiu antes.

Assim como

• sentimentos de inutilidade e
• culpa que não se justificam aos olhos dos outros, o que por sua vez gera
• sentimentos de incompreensão e
• isolamento,
• cansaço,
• distúrbios do sono,
• ideias de morte e
• falta de esperança no futuro,
• dificuldade de concentração e
• ganho ou perda de peso

também são sintomas que costumam acompanhar a depressão.

Cada pessoa vive de uma forma diferente, por isso é sempre conveniente consultar um profissional que trate cada caso de forma isolada.

Tal como na ansiedade, os sintomas da depressão manifestam-se a diferentes níveis: comportamental, cognitivo (dos pensamentos), emocional e físico (ou somático).

É importante destacar que não precisam ocorrer todas de uma vez para falarmos de depressão, porém, é importante avaliar como elas afetam as diversas áreas da pessoa: social, laboral, pessoal, familiar, etc.

• Sintomas comportamentais: choro incontrolável mesmo sem motivo aparente, irritabilidade, inquietação, agitação, movimentos ou fala lentos (às vezes mutismo).
• Sintomas cognitivos: lentidão de pensamento, dificuldade de concentração ou manutenção da atenção, problemas de memória (esquecimentos, erros), dificuldade em tomar decisões. Às vezes ideias suicidas.
• Sintomas emocionais: tristeza, ansiedade, impotência, pessimismo, apatia, desesperança, sentimentos de culpa e inutilidade. Constante sensação de vazio.
• Sintomas físicos: falta de energia, alterações nos hábitos alimentares e de sono (insônia ou hipersonia*), dores de cabeça, distúrbios gastrointestinais, desconforto físico permanente, diminuição de libido.

A conjunção de alguns desses sintomas no início da depressão gera:

Astenia: as tarefas mais simples e quotidianas, como levantar da cama ou limpar-se, requerem um enorme esforço e gasto energético.

Anedonia: gradual desinteresse e prazer pelas coisas que antes gostávamos.

Embora a tristeza e os sentimentos negativos sejam característicos da depressão, quando o estado é grave, a pessoa pode se sentir desconectada de todas as emoções.

• “Não sinto nada.”
• “Não sei como estou.”

Isso aumenta a sensação de irrealidade e vazio existencial, por isso é considerado um momento crítico.

Na depressão grave ou nesses momentos críticos, a pessoa pode ter ou vir a manifestar ideias suicidas.

• “Tudo seria melhor se eu não estivesse lá.”
• “Não há solução para isso, não posso continuar assim.”

Isso é indicativo de enorme sofrimento e da ideia desesperada de que sua situação não vai melhorar.

Esses tipos de manifestações não devem ser encarados de forma leviana ou como simples pedidos de atenção: um profissional deve ser consultado o quanto antes.