Alma Gêmea
Alma Gêmea
A visão psicológica sobre este construto é bastante variável nas diversas abordagens teóricas.
Não se refere a um conceito místico, mas à combinação de fatores emocionais, cognitivos e comportamentais que contribuem para uma relação íntima satisfatória e harmoniosa.
Segundo a Teoria do Apego, desenvolvida por John Bowlby, as pessoas procuram parceiros que satisfaçam as suas necessidades de apego, as quais são moldadas pelas primeiras experiências com os seus principais cuidadores. Uma “alma gêmea” é alguém que se completa e ajusta perfeitamente a essas necessidades.
Já Carl Rogers, enfatiza a importância da autenticidade e da congruência nos relacionamentos. Uma “alma gêmea” é alguém com quem se pode ser genuíno sem receio de julgamentos, e que promove o crescimento pessoal acrescentando.
Para os defensores da Teoria da Complementariedade procuram-se parceiros com traços complementares. Uma “alma gêmea” é alguém cujas forças compensam as fraquezas do parceiro e vice-versa, proporcionando equilíbrio e harmonia ao casal.
Segundo os Evolucionistas os humanos procuram parceiros que maximizem as suas hipóteses de sobrevivência e reprodução. Nesse contexto, uma “alma gêmea” pode ser vista como alguém que oferece o melhor ajustamento genético e ambiental com vista à procriação.
Noutra abordagem psicológica, a Similaridade sugere que as pessoas tendem a formar relacionamentos com quem são similares em termos de valores, interesses e atitudes. Será então, alguém com grande similaridade e afinidade.
Por fim, na perspetiva da Teoria Psicodinâmica, derivada das teorias de Freud, as escolhas dos parceiros são influenciadas por dinâmicas inconscientes e padrões repetitivos do passado. Uma “alma gêmea” pode ser alguém que ativa esses padrões de forma a promover a cura e a resolução de conflitos internos.
Percebemos que para a psicologia não é um conceito místico, mas antes uma combinação de fatores emocionais, cognitivos e comportamentais que contribuem para uma relação íntima satisfatória.