As pessoas com esta perturbação tendem a observar e interpretar de forma vigilante e atenta os movimentos e expressões de outras pessoas com quem estão em contato.
As suas expressões não verbais de intenso receio, tensão e ansiedade pode conduzir a julgamentos negativos por parte de outras pessoas com quem estão a interagir.
Julgamentos como, por exemplo, está muito inseguro, é muito tímido, não sabe o que dizer, é tão solitário, o que vem confirmar as crenças de inadequação que a pessoa com perturbação personalidade evitante tem.
O grande problema associado a esta perturbação ocorre no funcionamento das ocupações sociais.
A baixa autoestima e a hipersensibilidade à rejeição estão associadas a uma restrição interpessoal.
Podem tornar a sua vida relativamente isolada e na verdade não ter um grande grupo social de apoio em situações de crise.
Tendem a fantasiar e a idealizar um afeto desejado e a aceitação na relação com outros.
Estes comportamentos de evitamento podem ainda inadvertidamente afetar o funcionamento ocupacional
porque tendem a evitar as situações sociais que possam ser importantes para satisfazer as suas necessidades de trabalho e independência.
Uma perturbação da personalidade é um padrão duradouro de experiência interior e comportamento que se desvia da norma da cultura.
Este padrão de desvio é observado em duas ou mais das seguintes áreas:
- cognição,
- afeto,
- funcionamento interpessoal e
- controlo dos impulsos.
O padrão duradouro é inflexível e prevalente nas áreas pessoais e situações sociais.
É um padrão que conduz a um significante mal-estar e atrofia nas relações, no trabalho e no desenvolvimento pessoal.
O padrão disfuncional é habitualmente estável e duradouro.